Alunas de medicina da Unicesumar realizando trabalho de ética.

sábado, 29 de novembro de 2014

Segue texto com base no artigo de Fernando Q. Monte,conselheiro corregedor do Conselho de Medicina do estado do Ceará,sobre bioética publicado em 2002. Nele é retratada a relação do médico,tanto com seus pacientes quanto com a sociedade de um modo geral. Na prática médica, a ética pode ser analisada sob três aspectos: a relação médico-paciente. o relacionamento dos médicos entre si e com a sociedade. Destas três, a relação médico-paciente será abordada aqui. Desde o primeiro ano da faculdade de Medicina o futuro médico começa a aprender a enorme importância da relação médico-paciente, a qual é a base de uma boa anamnese e consequentemente de um bom prognóstico. A imensa maioria dos problemas éticos pertencem a esta categoria. Logo se aprende sobre a necessidade do sigilo nessa relação. Segundo o Manual de Orientação Médica e Disciplinar do CRM-SC "O segredo médico ou sigilo médico, é uma das formas de segredo profissional e se constitui numa das mais acentuadas e tradicionais características da profissão médica, sendo, talvez, o princípio ético mais rígido e ao mesmo tempo o mais observado e respeitado pelos médicos." Esse sigilo é a segurança do paciente que é essencial para a confiança que esse precisa ter em seu médico.  O exercício da profissão médica permite que o profissional tenha acesso a informações cuja revelação pode provocar constrangimento ou prejuízo a quem as concedeu. O sigilo, que já era imposição moral, passou a ser resguardada como um direito. Em 1791, após estabelecerem no preâmbulo de sua Constituição os Princípios de sua Revolução, os revolucionários franceses elaboraram uma Declaração dos Direitos Humanos cujo artigo 20 inseria a noção de inviolabilidade das pessoas, englobando, entre outros, o direito ao sigilo. Em termos comparativos, o segredo médico só encontra rival no exercício do sacerdócio ou no dos membros de seitas ou sociedades secretas. O sigilo, tanto para o médico como para o sacerdote, é uma exigência corporativa, sem ele cairia o prestígio profissional, por não obter confiança nem merecer o respeito.


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